ARTEK
Artek na Bienal de Veneza
BIKE+CHAIR WASSILY
Este modelo encontra-se exposto no “Hirshhorn Museum and Sculpture Garden” e apresenta uma mistura entre a cadeira Wassily, produto final, e o objecto no qual Marcel Breuer se inspirou para a conceber, ou seja, uma bicicleta de aço tubular.
WASSILLY CHAIR
A cadeira Wassily foi pensada e criada propositadamente para o projecto de decoração da casa do pintor Wassily Kandinsky no qual Breuer se encontrava envolvido.
Ao nível do material recorreu á utilização do aço tubular cromado, isto constituía uma inovação pois até a data a maioria das peças eram construídas através de materiais tradicionais como a madeira, as molas e crina de cavalo. Para a ligação entre as diversas peças de aço eram utilizados parafusos que eram cobertos com tiras de Eisengarn ou couro que formavam a zona do assento e das costas. Este modelo foi tão vanguardista na época, que posteriormente influenciou diversos arquitectos e designers.
Esta forma de construção permitiu atribuir à peça um carácter moderno, que assegurava o conforto e se encontrava englobado num movimento revolucionário de criação de equipamentos produzidos em série adequados ás necessidades da vida quotidiana da época.
O modelo Wassily continua a ser produzido até aos nossos dias pela Gavina/Knoll contudo anteriormente foi fabricado pela Thonet num período mais distante pela Standard-Mobel.
VOGUE+PANTONE CHAIR
Podemos observar recorrentemente a ligação entre a moda e o design. Vejamos o caso da capa a cima apresentada na qual encontramos uma das modelos mais importantes (Kate Moss), publicada numa das melhores e mais conceituada revista de moda (Vogue), sentada sobre um exemplar da Cadeira Pantone. Esta capa teve um enorme sucesso, é conhecida em larga escala pelos apreciadores de moda. Figura inclusive a capa de um livro publicado pela vogue, intitulado “Vogue Covers”.
TULIP CHAIR
Este objecto encontra-se inserido numa série intitulada como o “grupo do pedestal”. Existem também bancos e mesas construídos com a mesma base desta cadeira.
Também Saarinen rejeitou a geometria alemã no design e adoptou uma abordagem humanista baseada em formas orgânicas. Com a Tulip Chair, Saarinen pretendia devolver a unidade às cadeiras.
No que diz respeito ao material utilizado na concepção da mesma podemos encontrar na base giratória alumínio reforçado com um revestimento de Rilsan e o assento é feito de fibra de vidro moldada com um acabamento lustroso em branco.
Esta foi produzida desde 1956 pela Knoll e é comercializada hoje em dia ainda pela mesma empresa. Encontra-se também à venda na loja Area pelo preço de 540€ disponível em preto e em branco. Podemos nesta mesma loja encontrar a mesa de jantar de tamanho grande, por 1590€ (oval) em branco e preto e a de tamanho inferior (redonda) por 980€ apenas em branco.
Este objecto foi diversas vezes utilizado em campanhas publicitária e em revistas de moda nos editoriais fotográficos.
EERO SAARINEN
A partir de 1937 trabalhou com Charles Eames. A colaboração entre estes dois culminou na produção de uma serie de peças de mobiliário muito progressivo. Estes chegaram mesmo receber alguns prémios através da participação em concursos.
Eero Saarinen expos um grupo de cadeiras revolucionarias formadas a partir de uma peça única de contraplacado moldado. Este tipo de mobiliário apresenta-se bastante moderno e racional, apresentando pela primeira vez a noção de contacto e suporte contínuo. Estas cadeiras representam um ponto muito importante na história do design, na medida em que o direccionaram num novo rumo.
Saarinen definiu como seu objectivo eliminar “ a selva de pernas dos interiores domésticos”. Dai o facto de se ter preocupado em criar objectos, mesas e cadeiras com um número reduzido de pernas. O exemplo disso é a Tulip Chair e a mesa equivalente a esse modelo, que produziu. Podemos então afirmar que este criou estruturas inovadores detentoras de formas esculturais baseadas em elementos orgânicos.
A sua ambição ao nível da procura da total união e da organicidade material e estrutura funcional não foi totalmente conseguida devido ás limitações existentes na época tanto ao nível dos materiais bem como da tecnologia. Contudo podemos fazer referência a alguns dos materiais utilizados como a fibra de vidro moldada e o alumínio fundido com cobertura em plástico.
Este realizou também algumas construções importantes ao nível da arquitectura, como o Terminal TWA no aeroporto Kenedy em Nova Iorque.
INDUSTRIAL REVOLUTION/PUGIN E RUSKIN
O séc. XIX foi também a época do Briqueabraque, do mau gosto, do excesso de ornamentação e da produção de objectos de má qualidade. Neste período surgiu uma nova realidade, a paisagem industrial que transmitia o clima de instabilidade e falta de condições em que se vivia, através das chaminés, do fumo e da forma desordenada como nasciam instalações fabris.
Os reformadores, Pugin e Ruskin defendiam a verdade dos materiais e valorizavam-nos deixando os materiais estruturais á vista. Admiravam o período gótico e medieval pelo facto de as obras produzidas nessa época serem produto de uma sociedade pura e unida. Os artistas não assinavam construções arquitectónicas nem pinturas pois estas eram produto do trabalho de diversos indivíduos.
Pugin e Ruskin influenciaram fortemente William Morris e o movimento inglês Arts and Crafts.
MOLESKINE
Este é um dos produtos que se encontram extremamente actuais e que são utilizados por nós diariamente contudo foi concebido em 1850.
BARCELONA CHAIR
Ao ser feita a encomenda o autor considerou que não tinha, entre os seus projectos concluídos nenhum que se adaptasse as necessidades do espaço que se apresentava bastante amplo e fluido. Com o objectivo de não afectar o espaço e de criar um objecto que se tornasse perfeitamente integrado no mesmo, Van der Rohe concebe então este modelo de cadeira.
Uma das condicionantes do projecto era o facto de os reis de Espanha serem recebidos no local onde se encontrariam colocadas as cadeiras, daí estas tinham de transmitir elegância e monumentalidade.
Este cadeirão foi revisto e melhorado pelo seu autor em 1950, para atribuir ao objecto uma maior elasticidade. A cadeira Barcelona nunca se destinou á produção em serie contudo devido ao carácter icónico e ao símbolo de design que constitui a sua produção em larga escala tornou-se necessária e desejada.
Hoje em dia a cadeira é fabricada pela Knoll (desde 1948). Podemos encontra-la á venda em lojas como a Área e pode ser adquirida em preto, branco, creme e castanho. Encontra-se também disponível um repousa pés. Estes têm o preço de 1960€ e 980€ respectivamente. Ambos encontram-se feitos através de uma estrutura em barras de aço cromado. Para a suspensão do assento e das costas é utilizado o sistema de tiras de couro. As almofadas são feitas em fibra de poliéster com enchimento em espuma expandida.
PANTONE CHAIR
Este modelo foi inicialmente comercializado em sete cores. Através da conjugação entre os tons fortes e a forma estrutural da mesma resultou um objecto icónico que simboliza a Pop Art da época.
CLIP
Posteriormente surgiram outros modelos deste mesmo objecto, contudo diferem nas características, tais como o “ideal”, o “coruja” ou o “anti-deslizante”, que se adaptam as diferentes necessidades dos utilizadores.
YELLOW TAXI
A empresa Yellow Cab foi fundada em 1915 por John Hertz. Este utilizava automóveis usados para obter uma maior rentabilidade no negócio. A cor amarela foi a escolhida, pois através da leitura de um estudo da universidade de Chicago, que elegia o amarelo como a cor que proporciona uma maior visibilidade a longas distâncias, Hertz pensou ser a melhor para aplicar no seu negócio.
Em 1922 Morris Markin fundou a Checker Cab Manufacturing Company em associação com a Checker táxi. Em 1929 Hertz vendeu a empresa, Yellow Cab e Markin adquiriu 60% das acções. Sendo assim Markin passou a dirigir estas duas empresas, e em 1935 a Checker táxi passou a ter o estatuto de empresa
Este automóvel possui uma larga grelha na zona frontal e uma faixa de padrão xadrez de cada lado. O Checker Marathon foi produzido até 1982 e retirado de circulação em 1999. Parte deste modelo de táxi a tradição dos táxis amarelos americanos, cor que ainda hoje é utilizada por diversas empresas de táxi.
JESPER JUST
Jesper é um artista e realizador de vídeos. Todos os seus trabalhos são dotados de uma grande preocupação ao nível estético, resultante de uma coordenação entre os cenários, os tons utilizados, o guarda-roupa bem como as questões técnicas como o tempo aplicado às imagens.A mistura de todos estes elementos transmite-nos fortes emoções e por vezes cria no espectador a sensação de ambiguidade.
O artista pretende nas suas obras apresentar uma reflexão e representação de conceitos como a idade, o género ou o factor emocional, bem como a forma como estes se relacionam. jesper afirma desenvolver todos os seus trabalhos, partindo da escolha de um local e não das personagens.
Jesper Just define dois caminhos possíveis para os artistas de vídeo, podem seguir as convenções cinematografias ou simplesmente opor-se a elas, isto origina trabalhos completamente distintos. Apesar de alguns dos seus vídeos poderem ser catalogados como puramente vídeo arte, podemos observar algumas alterações desde os seus primeiros trabalhos em relação aos mais actuais, nos quais se aproxima mais do cinema. Contudo este não age nem projecta as suas obras regendo-se por questões políticas ou em oposição a algo.
DEUTSCHER WERKBUND
O ideal desta associação era unir a arte e a indústria, porporcionando mais qualidade na produção em série e atribuir á máquina o reconhecimento como ferramenta útil no fabrico artístico. A Alemanha atingiu assim a supremacia e o poder da arte e da técnica. Procuravam a beleza a funcionalidade e a simplicidade, por este motivo algumas empresas contrataram artistas, como foi o caso da AEG que contratou Peter Behrens.
Os alemães perceberam que a estandardização e a visão nacionalista do design exigiam a adopção de medidas imediatas, se pretendiam que os bens produzidos industrialmente atingissem a qualidade dos produtos feitos manualmente. Ambicionavam atingir o mercado internacional através da divulgação do produto e a personalização das marcas. Segundo este ideal nasce o design industrial e a profissão de designer.
Desta associação foram membros Hermman Muthesius, Walter Gropius, Mies Van der Rohe e Peter Behrens. Esta terminou devido a discussões internas dos seus membros que se relacionavam com a importância do produto, a eficácia da estandardização, o aparecimento do carácter comercial (burguesia) e a procura de um bom design. Posteriormente deu-se a derrota da Alemanha na 1ª guerra mundial e isso levou á dissolução definitiva da associação.
FUTURA TYPE
Esta fonte, é ainda hoje utilizada no lettering de algumas empresas e marcas. Foi também vastamente utilizada por Stanley Kubrick nos seus filmes.
BAUHAUS (1919 -1933 )
Esta escola, devido aos seus ideais, só poderia ter surgido no pós guerra, para ajudar a reconstruir os estragos causados pela guerra. Devido ao alto nível de destruição era necessário inovar e implementar novas técnicas.A Bauhaus, foi fundada por Walter Gropius que se tornou também seu director. A grande inovação que se apresentou nesta escola encontra-se na pedagogia utilizada, que se baseava no sistema de duplo ensino, união entre a teoria e a prática.
Podemos encontrar influências vindas de diversos movimentos ou indivíduos como Henry Van Velde, a Deutscher Werkbund, a Ashbee, e do Arts and Crafts.
Nesta escola existia um curso preliminar que tinha como objectivo preparar os estudantes para a aprendizagem nas oficinas. Nas oficinas encontravam-se os mestres da forma e os mestres artesãos. Existiam ateliês das mais distintas áreas, desde a tecelagem, da escultura, do metal, da cerâmica da tipografia, passando pelo mobiliário, o teatro ou a pintura.Por esta escola passaram alguns dos mais conhecidos nomes do design do sec.XX como Marianne Brandt, lászló Moholy-Nagy, Josef Albers ou Marcel Breuer.
A importância desta escola consiste em ter conseguido a união de todas as artes, objectivo proposto já por escolas anteriores mas nunca alcançado.
http://www.chrislabrooy.com/bauhaus.html
PETER BEHRENS (1868 -1940)
Contudo ficou conhecido pelos seus trabalhos para a AEG, marca para a qual criou a identidade corporativa. A AEG foi a primeira empresa a empregar um Designer para se aconselhar sobre todos os aspectos relacionados com essa área.
Este preocupou-se com a aparência e imagem que a firma passava para os consumidores. Fez para esta projectos tanto ao nível arquitectónico, ou seja, projectou ou edifícios da AEG, bem como o mobiliário e o logótipo. Behrens foi revolucionário também ao nível da publicidade. Através deste, assistimos a uma das primeiras expressões da arquitectura moderna.
Peter Behrens criou uma linha de produtos domésticos pioneiros, montados com componentes industriais, dos quais faziam parte objectos como chaleiras ou ventoinhas.
ECODESIGN
http://itsgreendesign.blogspot.com/2008_11_01_archive.html
GREEN DESIGN
É cada vez maior a preocupação ambiental que se faz sentir. Esta é visível em todas as áreas e o design não é excepção. Umas das fases projectais de uma peça de design passa precisamente pela consciencialização e escolha do material do objecto, tendo em conta o tempo de vida útil do mesmo. Perante isto, é atribuído ao designer a responsabilidade acrescida de em todos os objectos que realiza tentar ao máximo faze-lo com materiais inofensivos para o ambiente.
MACKINTOSH CHAIR
O peso estrutural e visual deste objecto, tem como principal função evidenciar a divisão ao nível espacial que esta representa.
O objectivo de Mackintosh na concepção das suas peças, era atingir o efeito visual de unidade e integração do objecto. Não se encontrava dominado com a preocupação da pureza e da verdade dos materiais que se observava no movimento Arts and Crafts.
THONET CHAIR
O que diferencia esta cadeira das restantes não é a sua forma, mas sim no método inovador através do qual foi fabricada. Thonet explorou o processo de moldar barras e pranchas de madeira maciça recorrendo á utilização do vapor. Este processo permitiu que o mobiliário pudesse ser produzido em série e a baixos custos.